Hoje, a saia é o tema do guarda-roupa feminino. A única exceção é o kilt e, mesmo assim, os homens escoceses não o usam diariamente, mas o tiram dos armários nos feriados e dias significativos. Mas no alvorecer da humanidade, a divisão em roupas masculinas e femininas não existia. Os povos antigos cobriam apenas a metade inferior do corpo, usando tangas feitas de peles de animais mortos ou folhas de plantas. Podemos dizer que foi então que começou a história da saia.
O termo "saia", que se originou da palavra árabe "jubba", por muito tempo significou roupas na altura do joelho, reunidas na gola e cinto, bem como na parte inferior do vestido. Somente nos séculos 15 e 16 a saia se separou do vestido, quando começaram a praticar o corte separado do corpete.
Durante os primeiros milênios, as pessoas eram iguais, então homens, mulheres, velhos e crianças se vestiam da mesma forma. Mas a evolução não pára: as condições de vida mudaram, surgiram diferenças morais, éticas e religiosas, as roupas também mudaram. Como a antiga história grega e romana nos mostra, saias emNo sentido moderno da palavra, as mulheres naquela época não tinham, usavam túnicas sem mangas e capas de chuva. E os homens daqueles séculos, o comprimento da roupa mostrava sua importância e status social: os meninos usavam roupas curtas, homens ricos e reverenciados - mais longos.
A história posterior das saias confirma que a prática de demonstrar o próprio status com a ajuda do comprimento da roupa sobreviveu nos séculos seguintes. Só agora as mulheres começaram a fazer isso, pois aos poucos a saia migrou para o guarda-roupa feminino.
As prescrições morais e religiosas proibiam as senhoras de mostrar as pernas para os outros, todas as mulheres começaram a usar vestidos até o chão, mas os longos trens vieram em auxílio dos representantes das classes ricas. A Igreja tentou mostrar que diante de Deus todas as pessoas são iguais. Figuras religiosas medievais não se importavam com a história das saias, declaravam que os trens eram invenção do diabo e negavam a absolvição a todas as senhoras em vestidos de "cauda longa". Mas, apesar de todas as proibições, os trens permaneceram populares por vários séculos. A história da saia preservou brevemente informações sobre o trem mais longo do mundo. O vestido para a coroação da rainha Catarina II foi complementado por uma "cauda" de setenta metros, que foi transportada por cinquenta páginas.
Mas a moda é mutável, e no século XVI as senhoras começam a exibir a pompa e a largura de suas saias. Este estilo começou a ser chamado de "verdugado", da palavra espanhola "verdugo" - "aro". Foram os designers de moda espanhóis que criaram a moldura dos aros, quesaia volumosa, mas não impedia que as mulheres se movessem com relativa facilidade. Às vezes as roupas eram tão imensas que as senhoras mal conseguiam se espremer pelas portas.
A história das saias não para por aí, inúmeras anáguas estão substituindo a armação. No século XIX, a crinolina e a azáfama foram inventadas. E a saia na forma em que a conhecemos apareceu apenas no século XX. Mini, maxi, saias com fenda, lápis e pregas - no arsenal das mulheres modernas há uma enorme variedade de detalhes de guarda-roupa tão sedutores.